Afrodite
Móvel, festivo, trépido, arrolando
À clara voz, talvez da turba iriada
De sereias de cauda prateada,
Que vão com o vento os carmes concertando,
O mar, — turquesa enorme, iluminada,
Era, ao clamor das águas, murmurando,
Como um bosque pagão de deuses, quando
Rompeu no Oriente o pálio da alvorada.
As estrelas clarearam repentinas,
E logo as vagas são no verde plano
Tocadas de ouro e irradiações divinas;
O oceano estremece, abrem-se as brumas,
E ela aparece nua, à flor de oceano,
Coroada de um círculo de espumas.
Alberto de Oliveira, in Meridionais 1884
AntwortenLöschenLindo lindo! Não conhecia este soneto... e acho que o vou ler pelo menos umas 10 vezes... para ele se entranhar bem em mim!
Minha querida... obrigada!
♥
Afrodite? Conheço, acredite
AntwortenLöschenPasseio-me quase sempre nos seus jardins
com pensamentos libertos
mesmo sem que me ocorram tão belos versos
Obrigada por me teres dado a conhecer!
AntwortenLöschenBom domingo :)
Excelente homenagem, Teresa, muito merecida e melhor lembrada, a uma Grande Amiga de TODOS nós, generosíssima nas suas Amizades !
AntwortenLöschen"Cabelo errante e louro, a pedraria"
"Do olhar faiscando, o mármore luzindo"
"Alvirróseo do peito, — nua e fria,"
"Ela é a filha do mar, que vem sorrindo"
Um Beijo de muita Amizade para as duas !
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Um espaço de visita obrigatória.
AntwortenLöschenBoa semana
Um excelente poesia a adular a Deusa Grega !!!
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