“Auto plagiar-se é estilo.”

 

O Homem Que Sabia Demais é o único filme britânico que Alfred Hitchcock resolveu produzir uma segunda vez nos Estados Unidos no ano 1956.

No filme britânico, de 1934, é um casal inglês Bob e Jill Lawrence, que com a sua filha Betty, estão a passar as férias de inverno em Sankt Moritz na Suíça.
Um amigo deles, Louis Bernard, é atingido por um tiro enquanto dançava com a Jill. Antes de morrer, Louis dá à Jill a chave do seu quarto e pede-lhe para entregar o pincel da barba ao embaixador britânico ou a um homem chamado Gibson.
O assassino de Louis Bernard, temendo que o seu plano seja revelado, rapta com a ajuda do sinistro Abbott — só pela grandiosa interpretação do Peter Lorre vale a pena ver este filme — a Betty para manter os pais calados, levando-a para Londres.

No filme de 1956, os britânicos são substituídos por um casal americano: James Stewart e Doris Day, como Ben e Jo McKenna, respectivamente. Eles estão passando as suas férias em Marrocos com o filho Hank (e não filha, como no original), onde um espião francês, Daniel Gélin, confidencia um segredo a Ben McKenna antes de morrer nos seus braços no mercado de Marrakech.
Para que os McKenna fiquem calados, uma organização de espionagem internacional rapta Hank e leva-o para Londres.

Apesar de algumas diferenças, o momento culminante nas duas produções acontece no mesmo local: o famoso Royal Albert Hall.