Quase uma tradição...

que os anúncios da Academia Sueca sejam pomo da discórdia.


atribuição do Prémio Nobel da Literatura ao dramaturgo britânico Harold Pinter, em 13 de Outubro de 2005, gerou polémica nos meios literários europeus.
O crítico Denis Scheck (um dos meus críticos favoritos) classificou a escolha como uma "ofensa à literatura mundial".

O júri da Academia Sueca legitimou a escolha, dizendo que o dramaturgo
"revela os abismos ocultos sob a conversa vazia do dia-a-dia, penetrando no espaço fechado da repressão".

Marcel Reich-Ranicki, o papa dos críticos literários da Alemanha, confirmou
essa caracterização da obra pinteriana, como "a representação do cotidiano
de indivíduos solitários, ameaçados por algum tipo de elemento ou poderes misteriosos e indefinidos", mas a homenagem "chega um pouco tarde demais" para o dramaturgo, na época com 75 anos.

Elogios vieram da Academia das Artes de Berlim, da qual Harold Pinter era membro desde 1982.
O grande homem do teatro alemão Peter Zadek alteou as suas peças como mistérios de advertência moral, comparáveis às tragédias gregas.
A austríaca Elfriede Jelinek, Prémio Nobel da Literatura em 2004, apoiou a escolha do colega inglês: "Mais um da esquerda e um dramaturgo maravilhoso. Já vou começar a festejar."

Na minha opinião o Nobel para Harold Pinter chegou com 30 anos de atraso.

Kommentare

  1. Será que isso vai acontecer a Lobo Antunes?!

    Abraço

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  2. Lobo Antunes merece muitos prémios.
    Terá influências em Estocolmo?

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  3. O José Saramago tinha influências em Estocolmo, meu caro Observador?

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