Paixão segundo São João, BWV 245


No claustro do Mosteiro de São Bento da Vitória – um dos edifícios religiosos mais emblemáticos da cidade do Porto –, a ESMAE celebra a Páscoa com a Paixão segundo São João, desse génio prolífico chamado Johann Sebastian Bach. Primeira incursão do compositor alemão no género da oratória sacra, esta obra estreada na Sexta-Feira Santa de 1724 é uma mina inesgotável da qual se continuam a extrair preciosidades musicais e passos de rara intensidade dramática. Como em tantos outros casos na história da música, da pintura e de outras expressões artísticas, uma primeira experiência redunda numa grande obra de arte. Desde o coro introdutório, onde as vozes são precedidas e depois sustidas pela ondulação das cordas e pelo intenso contraponto dos instrumentos de sopro, o ouvinte da Paixão segundo São João é transportado para uma atmosfera de recolhimento a um tempo sublime e trágica. Com direção de Barbara Francke e interpretação dos Solistas, Coro de Câmara e Ensemble Instrumental da ESMAE, Paixão segundo São João representa mais um gesto de profícua colaboração entre esta escola artística da cidade e o TNSJ.

Kommentare

  1. O meu amigo Sebastião era um pachola... deu a "Paixão" para a malta se agradar e tocar na grafonola... Boa! Um artista...

    A obra não dá o que de sua morte sinto:

    Não tivesse Jesus
    desafiado poderes
    professado a igualdade
    expulsado os vendilhões
    arrastado multidões
    e não teria morrido
    de morte tão exposta
    como ainda hoje se mostra

    No fundo, a morte horrível de Cristo
    é uma subliminar mensagem: tenham cuidado, não façam isto...

    O Sebastião
    não compôs esta versão

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  2. Bom, o concerto vou passar, como é óbvio! Mas gostei aqui do verso do Rogério! :)

    Beijocas e boa música para ti, além de uma Páscoa feliz (com ou sem jejum, minha malandra)!

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  3. Beatriz4/07/2012

    Aproveitamos este tempo da paixão do senhor, para reflectirmos na vida que temos, pois ela é na realidade semelhante á caminhada de Jesus.
    A nossa meninice, as traquinices da juventude, as preocupações do trabalho, da família, o sofrimento e dor que sentimos, quando nos acontece alguma coisa de mal.
    É a vida!
    Sabemos que temos um principio e um fim, (Alfa e Ómega) e pelo meio temos que carregar a cruz que nos está destinada, com a certeza que a alegria da Ressurreição será uma realidade.

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