O ANJO

A Marlene Dietrich nunca foi um anjo, antes pelo contrário, apesar disso, interpretou dois filmes com esse título.
Em 1929, Josef von Sternberg contratou-a para o seu filme O Anjo Azul, onde o papel de Lola e a canção Ich bin von Kopf bis Fuss auf Liebe eingestellt (Sou feita para amar, da cabeça aos pés) a consagrariam mundialmente.
No dia 1 de Abril de 1930 foi a estréia de O Anjo Azul, em Berlim. No dia seguinte, Marlene embarca de navio para os Estados Unidos, onde fixa residência em Beverly Hills.

Para festejar o 110º aniversário da Marlene Dietrich vi esta noite, em DVD, a comédia romântica de 1937, O Anjo, realizada por um dos meus realizadores favoritos: Ernst Lubitsch.
Maria Barker, a mulher negligenciada pelo marido, o diplomata Sir Frederick Barker (Herbert Marshall), abandona Londres e vai para Paris, onde vive a Grã-Duquesa Anna Dmitrievna (Laura Hope Crews), sua amiga e dona de um clube russo.
Lá, sem revelar a sua identidade, ela se envolve com Anthony Halton (Melvyn Douglas), um turista americano que se encanta com ela e que a trata por Anjo. Maria, porém, abandona-o quando as coisas começam a ficar mais sérias e volta para casa, onde o marido continua sempre ocupado com o trabalho.
Um dia, Frederick encontra Anthony, de quem é velho amigo de guerra, e que lhe fala da misteriosa Anjo. Sem desconfiar de nada, Frederick apresenta Anthony a Maria.
Ménage à trois divertida, com imaginação, actores de forma brilhante e diálogos inteligentes, em suma, um filme perfeito.