Natal Divino

Natal divino ao rés-do-chão humano,
Sem um anjo a cantar a cada ouvido.
Encolhido
À lareira,
Ao que pergunto
Respondo
Com as achas que vou pondo
Na fogueira.

O mito apenas velado
Como um cadáver
Familiar…
E neve, neve, a caiar
De triste melancolia
Os caminhos onde um dia
Vi os Magos galopar…

Miguel Torga

Kommentare

  1. Belo poema de Natal!
    Também gosto de Torga contista!
    Na época natalícia releio sempre o conto "Consoada" que fala do Natal do velho Garrinchas!

    Abraço

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