1974 — O ABRIL PORTUGUÊS
A cidade do Porto celebra memória do povo
"Música e Revolução" é já um dos mais emblemáticos programas regulares da Casa da Música, sempre entre o 25 de abril e o 1º de maio, e que este ano regressa com uma força invulgar. Não apenas pelo lugar de destaque dado a outras revoluções musicais norte-americanas mas sobretudo por um momento único, marcado para segunda-feira, dia 25, a ser protagonizado pela pianista Ursula Oppens, a quem caberá interpretar as 36 variações sobre "El Pueblo Unido Jamás Será Vencido", de Frederic Rzewski.
Se há, nas últimas décadas do século XX, um canto revolucionário por excelência é este tema, popularizado no Chile da Unidade Popular pelo grupo Quilapayun, cujos membros escreveram a letra a partir da melodia construída pelo compositor Sergio Ortega.
Em Portugal, foi Luís Cília, ainda em 1974, a popularizar o tema, que depressa deixou de ter autor, origem ou referências absolutas. Transformou-se na canção do povo, ainda hoje entoada nas mais diversas circunstâncias.
As variações começaram a tomar forma em Itália, quando, já em tempos de ditadura de Pinochet no Chile, Sergio Ortega se encontrou com Frederic Rzewski, compositor norte-americano de descendência polaca, com quem construiu uma amizade só desfeita pela morte de Ortega. Pouco tempo após este encontro, a pianista Ursula Oppens contactou Rzewski para lhe encomendar uma obra que tomasse como referência as "Variações Diabelli", de Beethoven.
Dois meses depois recebia a partitura de "The People United Will Never Be Defeated", um conjunto de tema e 36 variações, estreado pela pianista a 7 de fevereiro de 1975, no John F. Kennedy Centre of Performing Arts, em Nova Iorque.
Ursula Oppens gravou a peça em 1979 num LP que foi nomeado para um Grammy e que recebeu o prémio Disco do Ano, atribuído pela revista "Record World". Outro momento especial do programa deste ano será, no dia 30, a estreia em Portugal, na sua versão original, de "Amériques", a sinfonia de Edgar Varese. E, num ano dedicado à América, há um lugar de destaque para alguns dos mais importantes representantes da chamada Escola de Nova Iorque, com o programa a acolher composições de John Cage ou Morton Feldman.
Embora da área da música popular, mas tidos como herdeiros da Escola de Nova Iorque, Frank Zappa, John Zorn e Elliot Sharp terão também as suas músicas espalhadas por este palco da revolução.
"Música e Revolução" é já um dos mais emblemáticos programas regulares da Casa da Música, sempre entre o 25 de abril e o 1º de maio, e que este ano regressa com uma força invulgar. Não apenas pelo lugar de destaque dado a outras revoluções musicais norte-americanas mas sobretudo por um momento único, marcado para segunda-feira, dia 25, a ser protagonizado pela pianista Ursula Oppens, a quem caberá interpretar as 36 variações sobre "El Pueblo Unido Jamás Será Vencido", de Frederic Rzewski.
Se há, nas últimas décadas do século XX, um canto revolucionário por excelência é este tema, popularizado no Chile da Unidade Popular pelo grupo Quilapayun, cujos membros escreveram a letra a partir da melodia construída pelo compositor Sergio Ortega.
Em Portugal, foi Luís Cília, ainda em 1974, a popularizar o tema, que depressa deixou de ter autor, origem ou referências absolutas. Transformou-se na canção do povo, ainda hoje entoada nas mais diversas circunstâncias.
As variações começaram a tomar forma em Itália, quando, já em tempos de ditadura de Pinochet no Chile, Sergio Ortega se encontrou com Frederic Rzewski, compositor norte-americano de descendência polaca, com quem construiu uma amizade só desfeita pela morte de Ortega. Pouco tempo após este encontro, a pianista Ursula Oppens contactou Rzewski para lhe encomendar uma obra que tomasse como referência as "Variações Diabelli", de Beethoven.
Dois meses depois recebia a partitura de "The People United Will Never Be Defeated", um conjunto de tema e 36 variações, estreado pela pianista a 7 de fevereiro de 1975, no John F. Kennedy Centre of Performing Arts, em Nova Iorque.
Ursula Oppens gravou a peça em 1979 num LP que foi nomeado para um Grammy e que recebeu o prémio Disco do Ano, atribuído pela revista "Record World". Outro momento especial do programa deste ano será, no dia 30, a estreia em Portugal, na sua versão original, de "Amériques", a sinfonia de Edgar Varese. E, num ano dedicado à América, há um lugar de destaque para alguns dos mais importantes representantes da chamada Escola de Nova Iorque, com o programa a acolher composições de John Cage ou Morton Feldman.
Embora da área da música popular, mas tidos como herdeiros da Escola de Nova Iorque, Frank Zappa, John Zorn e Elliot Sharp terão também as suas músicas espalhadas por este palco da revolução.
Também recordei o "meu" 25 de Abril.
AntwortenLöschenInfelizmente, com algumas más memórias.
Que não escondo, nem nego
Quem é que não se recorda?
AntwortenLöschenUma revolução que fez vibrar o coração de todos os oprimidos e que trouxe a esperança a milhões de Portugueses, não podia nem pode cair no esquecimento.
VIVA O 25 DE ABRIL SEMPRE.
Claro que Viva o 25 de Abril, pelo que representou !...
AntwortenLöschenmas não acredito em romantismos, festejos, discursos, manifestações e saudosismos.
Temos é que mudar MENTALIDADES objectivamente !
Deixemos as festas e empenhemo-nos nas nossas capacidades para tornar Portugal num grande país europeu !
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Os nascidos antes de 74 tinham uma vantagem, sabiam pegar em armas...
AntwortenLöschen;)
E hoje é outro dia ...
AntwortenLöschenE cá estou para te dizer olá e desejar mesmo à distência um bom 25 de Abril, já que por cá ele está muito desgastado e ensombrado.
Um abraço grande
Eu não vivi o vosso Abril, mas admiro-o profundamente.
AntwortenLöschenbji
Não festejo o 25 de Abril, mas sim, a Segunda-Feira de Páscoa com a família.
AntwortenLöschenSinto muito em não assistir ao concerto de hoje na Casa da Música do Porto.
Nina, eu também não vivi o 25 de Abril 1974, mas como tu admiro-o profundamente, e continuo a gritar:
AntwortenLöschenVIVA A LIBERDADE!!!
Quem, como eu, viveu o antes e o depois, melhor sabe dar valor ao 25de Abril. Apesar dos tempos conturbados por que estamos a passar, o depois é bem melhor em todos os aspetos.
AntwortenLöschenVIVA A LIBERDADE.
25 de Abril, sempre! Nunca poderemos agradecer o suficiente àqueles homens (e mulheres) que lutaram para dar ao povo a LIBERDADE!
AntwortenLöschenQuanto ao concerto, como é óbvio, não foste a única a perder. Distância... ;)
Beijocas!