Napoleão — em pequeno formato — em terras lusas

Eu prometi a mim mesma que nunca mais tornava a escrever ou a comentar sobre a política portuguesa, pois sempre que o faço, sinto-me como um sapateiro a querer subir além da chinela.
Este meu último texto sobre as Presidenciais 2011, é uma opinião muito pessoal, portanto subjectiva, com a qual ninguém precisa de estar de acordo.


Não sou uma inimiga tão ferranha do Cavaco Silva como certos amigos virtuais, todavia, ao ouvi-lo, no seu discurso de domingo à noite, afirmar que a sua vitória nas presidenciais "foi também a vitória da verdade sobre a calúnia", não poupando críticas aos "políticos e seus agentes que preferem o caminho da calúnia e da mentira". QUERO, para bem da nossa democracia, que se deixe de lamúrias e explique, sem demora, ao povo português o que de facto aconteceu.

Sobre o grande derrotado da noite de ontem — Manuel Alegre — não há nada a dizer, a não ser que, a sua estrondosa derrota se deve à falta de conteúdo da sua campanha e à sua insistência em atacar o Cavaco Silva, levando certos dos seus simpatizantes a votar no candidato populista da Madeira, José Manuel Coelho, ou noutros como o Defensor Moura e o Fernando Lopes, ou até mesmo no Cavaco Silva.
Bem — penso que, nem o Sócrates nem a direita do PS, estejam a sofrer com a derrota do Manuel Alegre — vimos que o apoio que lhe deram foi pouco caloroso. Como também sabemos, que o Sócrates está mais dentro da linha de um Cavaco Silva, do que na linha de um esquerdista de 1ª água como é o nosso poeta.

Mais de cinco milhões de portugueses decidiram que não valia a pena votar. Li algures, que excluindo os referendos, terá sido a eleição nacional com a participação mais fraca desde que a democracia foi proclamada com o 25 de Abril de 1974.

Kommentare

  1. Anonym1/24/2011

    Nas Europeias a abstenção costuma ser ainda mais elevada. Os portugueses não ligam nenhuma à Europa, só lhes interessa o dinheiro que de lá vem todos os dias.
    Quanto a Cavaco, o discurso não me surpreendeu.É própro do seu carácter. E nunca vai explicar nada, porque tem o rabo entalado e sabe-o muito bem. Ainda houve dois milhões de parvos que votaram nele. É bem feito , se a vida lhes pregar uma partida.

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  2. Esta campanha, tão despejada de tudo, convidava à abstenção.
    Francamente, qual era a solução? Era só olhar à esquerda e à direita e venha o diabo e escolha.
    Precisam-se novas caras, novas mentes, novas esperanças.
    Destes, estou farto!
    De todos!
    E tens razão Teresa. Racismo existe ... entre nós e dentro de todós nós!
    Beijinho

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  3. O discurso do Cavaco foi do mais mesquinho e vingativo, que nem eu estava à espera, mas como diz o Carlos demonstra bem o carácter do homem. Mas achei uma certa piada ter celebrado a vitória (OK, relativa, que quem ganhou foi a abstenção) ressabiado...

    Mas podes tirar o cavalinho da chuva, que ele não vai explicar coisíssima nenhuma, porque acha que o facto de ter ganho 140% com umas acções é assunto da sua esfera particular... Pois!

    Ah, e feitas as contas teve 23% dos votos dos portugueses!

    Beijocas!

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