O CANTO DO CISNE ~ OS MALEFÍCIOS DO TABACO



Encenou primeiro Platónov (2008), peça inaugural de Tchékhov, objecto de sucessivas reformulações (e rejeições) pelo dramaturgo, para sempre inacabada como a catedral de Gaudí. Na abertura da presente temporada, encena outro monumento dramático: A Gaivota, peça matricial da dramaturgia tchekhoviana que se tornaria a imagem de marca – estampada na cortina de cena e na capa dos programas – do Teatro de Arte de Moscovo.
Em T3+1 opera-se uma súbita inversão: Nuno Cardoso abandona a cadeira do encenador e passa para o palco para interpretar um par de peças curtas de Tchékhov. Em vez de edifícios de fachada mais ou menos imponente, duas pequenas assoalhadas.
Dirigem o actor-encenador três dos seus mais regulares colaboradores: Victor Hugo Pontes, assistente de encenação de Nuno Cardoso desde 2005, e José Eduardo Silva e Luís Araújo, actores que integraram os elencos de Platónov e A Gaivota. Exemplos de leveza e acuidade dramática, O Canto do Cisne e Os Malefícios do Tabaco são miniaturas em que Tchékhov condensou, com precisão de ourives, muito da sua arte dramática, e com que Nuno Cardoso e seus encenadores montam T3+1.

Kommentare

  1. Pois, estas não me ficam em caminho...

    A bem dizer, mesmo em Lisboa as peças estão tão pouco tempo em palco, que quando penso em ir ver uma já saiu de cena... Neste momento queria ir ver 3, e pelo andar da carruagem nem vou ver nenhuma! Nesse aspecto é cinema é mais fácil... :)

    Beijinhos!

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  2. Pois ainda ontem passei bem pertinho do Teatro Nacional de S. João depois de descer do electrico 22. Fui assistir aos benefícios dos fogareiros de castanhas.

    :)

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