Fahrenheit 451 ou Grau de Destruição

— O que faz nas horas de folga, Montag?
— Muita coisa... corto a relva.
— E se fosse proibido?
— Ficaria a vê-la crescer, senhor.
— Você tem futuro.

Fahrenheit 451 ou Grau de Destruição é a adaptação cinematográfica do romance homónimo do escritor de ficção-científica norte-americano de ascendência sueca, Ray Bradbury, realizada por François Truffaut em 1966. Com um dos meus actores preferidos, o austríaco Oskar Werner e a inglesa Julie Christie. A banda sonora é de Bernard Herrmann — compositor favorito de Alfred Hitchcock — e a realização de fotografia de Nicolas Roeg.
O filme mostra-nos um futuro em que os livros são considerados maléficos e proibidos, substituídos por apáticos programas de TV e jornais que trazem apenas ilustrações.
Os bombeiros são encarregados de localizar os livros e queimá-los — o título refere-se à temperatura em que o papel entra em combustão — mas um deles, dos mais competentes e que espera por uma promoção, acaba por compreender o vazio da sua vida e encanta-se com a magia de alguns títulos que salvou — por trás de cada um há uma pessoa — diz.
Ele tenta insurgir-se contra a situação com a ajuda de uma moça misteriosa — Julie Christie, que faz papel duplo representando também a mulher de Montag —
A adaptação é bastante fiel ao texto original, Truffaut acertou ao criar um futuro atemporal, não ficando ridículo com o passar dos anos.
O filme ficou, no entanto, abaixo da minha expectativa. É um filme excessivamente distanciado, com diálogos fracos — Truffaut, que não sabia inglês, gostava mais da dobragem em francês que ele mesmo supervisionou. Quase um fracasso e está muito distante das obras-primas do realizador.

Kommentare

  1. esse filme é sensacional. beijos, pedrita

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  2. BLACK BOX | Di, 14.9., 17.30 Uhr mit Christa
    Fahrenheit 451
    GB/US 1966, 113', DF (ab 12)
    Regie: François Truffaut, mit Oskar Werner, Julie Christie, Cyril Cusack u.a.
    Science Fiction-Klassiker von François Truffaut nach einer Romanvorlage von Ray Bradbury: Eine behördliche Feuerbrigade macht in einer in der Zukunft angesiedelten Gesellschaft erbarmungslos Jagd auf Bücher und deren Besitzer, anweil die Machthaber eines kulturfeindlichen Regimes den menschlichen Geist durch die Massenmedien der Unterhaltungsbranche knebeln wollen. Ein Film, der an die Vernunft appelliert und gleichzeitig das Interesse an der Ungewissheit deutlich werden lässt.

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  3. Apesar de tudo se houvesse que escolher um só filme entre os que mais marcaram a minha personalidade teria de ser este.
    Vi o Fahrenheit 451 ainda adolescente, desde de então a minha paixão por livros passou a ser de um respeito absoluto, a minha oposição à censura (que não vivera) passou a ser total e levei a sonhar anos com a dona da biblioteca escondida a morrer sobre os seus livros e a tentar descobrir qual o livro que encarnaria (este ainda procuro incessantemente)

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  4. Vi o filme há muitos anos e depois andei com a minha irmã à procura do livro. Também me interroguei sobre qual seria o livro que tentaria salvar.

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  5. eu entendo o q vc diz em relação a fahrenheit, eu adorei esse filme, mas eu já vi alguns filmes consagrados q tinha expectativa demais e me decepcionei. foi o caso de cidadão kane q achei um filme datado. sim, consegui como vc ver q é um grande filme, mas não consegui gostar nem achar tudo o q dizem. beijos, pedrita

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  6. Não vi o filme, nem li o livro, embora já os tenha procurado por aí, sem sucesso, por me dizerem que são ambos muito bons. Mas óbvio que nem todos temos gostos iguais... :)

    Beijocas!

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  7. DEpois de ver "les 400 coups" fiquei emocionalmente apanhado por Truffaut. Mesmo se Fahrenheit 451 fosse um mau filme (e não é) teria gostado imenso, como gostei (não li o livro...)

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  8. Não vi o filme, mas o livro li-o o ano passado achei-o simplesmente fantástico!

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