Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica

À trigésima terceira edição, o mais antigo festival de teatro português dá mais um passo no seu processo de reinvenção em curso, bem evidenciado no conjunto de propostas que circularão pelos três espaços do universo TNSJ. O FITEI prossegue a aposta no cruzamento de disciplinas artísticas e volta a alargar o seu raio de acção geográfico, sinal de que à criação contemporânea importam cada vez menos os modos e os certificados de origem. A França adere aqui aos países de “Expressão Ibérica”, embora seja espanhol o passaporte de uma das criadoras da Compagnie Toujours Après Minuit. Em quatro das oito peças programadas, a dança e o teatro são lugares sem fronteiras para o exercício da performatividade do corpo e da palavra, gesto que Hnuy Illa, o espectáculo de abertura, sinaliza desde logo, mas que é igualmente extensível a In Vino Veritas, Dies Irae; en el Réquiem de Mozart e Epilogos, Confessions sans Importance. Com Exitus, Não se Ganha, não se Paga e Querida Professora Helena Serguéiévna, regressam os autores de textos aos lugares cimeiros das fichas artísticas, algo que também acontece com Filho da Europa, a partir de Kaspar, prodigioso exercício verbal de Peter Handke que João Garcia Miguel tratará de transformar num dos acontecimentos desta edição do Festival. Fora dos palcos, o teatro continua na exposição Ros Ribas. Fotógrafo de Escena, mostra alargada do trabalho de um homem que tem vindo a fixar em imagens fotográficas o trabalho de encenadores tão marcantes como Patrice Chéreau, Àlex Rigola ou Calixto Bieito.
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