Dia Internacional da Tolerância


No Dia Internacional da Tolerância a Licas do ontem e hoje deixou-nos um desafio, que consiste em:

1 - Responderem às perguntas seguintes:

a - O que significa, SER TOLERANTE ?

Tolerância segundo Locke : «é parar de combater o que não se pode mudar».

b - Em que tipo de situações tenho dificuldade em praticar a tolerância?

A tolerância não pode ser universal, pelo que é necessário definir os seus limites. Respeito a diferença do outro, desde que esta não ponha em causa a minha ou a dos outros. Como já disse Karl Popper: "Não devemos aceitar sem qualificação o princípio de tolerar os intolerantes senão corremos o risco de destruição de nós próprios e da própria atitude de tolerância."

c - Tolerância será abrir a mão das próprias convicções? Porquê?

"A tolerância é a filha da dúvida" escreveu Erich Maria Remarque no "Arco de Triunfo".
Na verdade, quanto mais fracas são as minhas próprias convicções maior é a minha tolerância.

2 - Enviarem este desafio a seis amigos(as) virtuais

Kommentare

  1. a)SER TOLERANTE é respeitar o Outro e respeitar a busca, a procura da Verdade. Quando se ama a Verdade e se reconhece a incapacidade de um ser humano ter a certeza de que a tem na sua posse, abre-se uma janela, talvez o Outro tenha razão? Talvez a Verdade esteja algures entre aquilo que eu penso e aquilo que o Outro pensa. Então, se a minha verdade não é a Verdade, se eu eliminar a verdade do Outro, reduzirei a probabilidade de me aproximar da Verdade. Sem contraditório entre a minha verdade e da do outro dificilmente progredirei na busca da Verdade.
    Não concordo com Locke, tolero o Outro, não porque o não consiga mudar, mas porque acredito que é do confronto da diversidade de opiniões que nos aproximamos da Verdade.
    .
    b)TENHO DIFICULDADE EM PRATICAR A TOLERÂNCIA perante a intolerância. O tolerante não pode ser um tanso à mercê dos intolerantes.
    .
    c)Ser tolerante não é abrir a mão das próprias convicções, ser tolerante é ser humilde. Posso ter convicções próprias fortes e, no entanto, nunca perder de vista que essas convicções são e serão sempre uma fé, uma crença, não uma certeza absoluta. Por isso, tenho de reconhecer que existe uma nesga de possibilidade de o Outro estar mais próximo da Verdade.

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  2. Olá Teresa, obrigado pelo convite.

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  3. Parabéns pelo texto que trouxe à análise de quem o lê.
    a) Não estou muito de acordo com Locke ao generalizar a tolerância, pois em alguns casos ela pode abrir portas para facilitar ao outro lado a sua entrada numa auto-crítica. Depende do grau de tolerância ou do pacto feito entre ambas as partes.
    b) Eis aqui parte da minha discutível resposta em a): Depende do acto sujeito, ou não, à nossa tolerância.
    c) Dado que sou muito analítica, coloco aqui a seguinte resposta: as 'minhas' convicções são susceptíveis de análise e não vivo agarrada à minha convicção seja do que fôr, exceptuando a minha convicção de que há valores morais indiscutíveis. De resto, não tendo certezas de nada, posso perfeitamente abrir mão das minhas convicções, se provadamente erradas.
    Apreciei muito o final do texto, por Erich Maria Remarque. Estou perfeitamente de acordo.
    Parabéns pelo magnífico blogue.
    Maria Letra

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  4. 1. Ser tolerante é aceitar o outro tal como ele é naquilo que lhe é intrínseco ou relacionado com a sua forma de pensar mas que não desrespeita ou prejudica terceiros, permitindo-o ter a sua vida com iguais direitos, oportunidades e deveres e não deixar que tal perturbe as minhas relações sociais com ele.

    2. Quando as ideias do outro estão próximo do limite de desrespeitar a liberdade de terceiros e nem sei se já não o ultrapassaram.

    3.Não. Posso ter convicções muito fortes e ser tolerante para com as ideias muito diferentes, desde que não esteja em causa o direito e a liberdade de terceiros

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  5. Olá Cara Amiga

    Obrigada por teres aderido a este desafio.
    Praticaste não a Tolerância para comigo, mas a Generosidade, que afinal acaba por remeter à Tolerância.
    Ser Tolerante implica quanto a mim, conhecermo-nos bem a nós próprios e termos uma certa humildade, que nos deixe concluir que todos erramos e temos que ter espaço para isso. Se assim pensarmos julgo ser mais fácil tolerar os outros, compreender os seus pontos de vista e os seus erros. Ninguém é dono da verdade e nesta base aceitamos a verdade do outro, desde que racional e que como bem dizes não interfira com a nossa própria liberdade, os nossos princípios morais e éticos. É do confronto tolerante das "diferentes verdades" que podemos chegar à Verdade Universal e mais perfeita.
    De uma maneira geral sou sempre tolerante, mas perco essa qualidade quando pressinto que o outro se aproveita disso para seguir o seu caminho agarrado SEMPRE à sua vontade e às suas verdades, sem respeito e sem se interrogar sobre a vontade, a verdade e a felicidade do outro.

    Quanto ao Conto de Natal ... Malandra! Era esse o meu próximo desafio, agendado para o início de Dezembro.

    Beijinhos
    Licas

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  6. Ainda acerca de c)
    .
    Teresa sabe quem é o Padroeiro da Epistemologia?
    .
    E porquê?

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  7. Desafio aceite, cara amiga. Vou daqui a nada sair de Lisboa, mas logo à noite, ou amanhã, respondo.
    Obrigado

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  8. adorei o post. tolerância é muito importante. infelizmente às vezes acho q estamos em retrocesso. algumas religiões novas no brasil vem promovendo intolerância com outras religiões, com cultura, com judeus pq não acreditam em jesus cristo, com ateus. anda bem complicado. beijos, pedrita

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  9. Passou pelo meu blog. Desafiou-me!
    Repto aceite!
    Responderei. Posso levar a imagem?
    Obrigado por me ter desassossegado.

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  10. Aceitarei o desafio (da Licas e teu), mas terá de ficar para outro dia. Mas dia da tolerância não deviam ser todos?!

    a) A frase de Locke parece-me dúbia: teremos de combater, sim, os que insistem em discriminar os "diferentes" em cor de pele, género, religião, opção sexual, etc. e tal.

    b) Concordo que a tolerância não se deve estender aos intolerantes, correndo então o risco de tolerância ser confundida com imbecilidade...

    c) Que saudades desse escritor, que li na adolescência! Mas a tolerância em aceitar opiniões diferentes das nossas não significa que não se tenham as próprias convicções. Até na política, por exemplo: longe de ser apoiante de Sócrates, recuso-me a criticar sistematicamente tudo o que ele fez ou faz - algumas medidas são boas e até necessárias!

    Beijocas!

    ps - Julie Garwood, "Sem perdão"

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  11. Já passa da meia noite mas o desafio foi cumprido!

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  12. Título em inglês: "Heartbreaker"...

    Beijinhos!

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  13. SER TOLERANTE é morder o lábio quando a língua teima em desenrolar, é deixar a água correr por um curso que não chega ao nosso caudal e ainda assim não a desviamos.
    Que giro post*

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  14. Deixei-lhe um desafio lá no CR. Espero que seja tolerante e aceite!

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