O Teatro Carlos Alberto do Porto apresenta "Mansarda" de 17 a 27 de Setembro 2009

Do novo circo a um teatro dançado, do teatro de objectos ao concerto encenado, são múltiplas – e, por vezes, contraditórias – as etiquetas invocadas para catalogar o trabalho de uma companhia como a Circolando. Espectáculo que encerra a trilogia dedicada à Poética da Casa, Mansarda prolonga o carácter inclassificável deste teatro, que tanto se faz de esculturas, instrumentos musicais inverosímeis (inesquecíveis, as máquinas de costura reconvertidas numa orquestra de sanfonas), projecções vídeo, instalações e melopeias, como renuncia ao texto, elemento teatral de eleição. Aprofundando o peculiar método da companhia, baseado na livre associação de ideias e referências, também Mansarda se ergue sobre uma babel de matérias: textos de Gaston Bachelard, desenhos e instalações de Louise Bourgeois, escritos de Tonino Guerra e Cesare Pavese, imagens de Chagall, fotografias de George Dussaud… Depois de Quarto Interior (2006) e Casa-Abrigo (2008), espectáculos que o TNSJ em boa hora co-produziu e estreou, Mansarda instala-nos nesse lugar entre céu e terra – o sótão, as águas-furtadas –, propondo-nos um balanço da experiência da casa, espaço-tempo habitado por fiapos de sonho e lembrança. TeCa

Kommentare

  1. Este género de teatro (inqualificável) terá os seus fãs, mas, pessoalmente, prefiro peças que entenda...

    Suponho que estes teatros de vanguarda, surrealistas e assim, que os actores tanto gostam de desempenhar, foram o verdadeiro motivo porque o teatro passou uma crise tão grave em Portugal. É que o publico não compreendia e deixou de ir (salvo aquelas raras excepções de intelectuais ou pseudo). Vá que nos últimos anos os palcos portugueses têm vindo a recompor-se, com peças mais ao gosto do público. Claro que também há espaço para as outras, mas nunca durante muito tempo em cartaz, que se não a sala fica às moscas... :)

    Jinhos!

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  2. Quando me encontro no Porto assisto a todas as peças de teatro, que andem nessa altura, não esquecendo o TEP em Vila Nova de Gaia. Foram quase sempre noites de teatro fabulosas, em nada inferiores às peças de teatro, que costumo ver na Alemanha, ou mesmo na Europa, como em Londres ou Paris.

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  3. Quem me dera estar agora no Porto,também iria certamente ver as peças e não só.
    Amo ir ao Porto e ver toda a família que tenho lá.
    Beijo
    Isabel

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