Eugénio de Andrade faleceu a 13 de Junho de 2005, no Porto, após uma doença neurológica prolongada


Passamos pelas coisas sem as ver,
gastos, como animais envelhecidos:
se alguém chama por nós não respondemos,
se alguém nos pede amor não estremecemos,
como frutos de sombra sem sabor,
vamos caindo ao chão, apodrecidos.

Kommentare

  1. Nunca estremeci tanto ao ler outro poeta como Este. Talvez, por isso, o Porto seja o meu país.

    Conheci o Eugénio de Andrade, era doce no trato, ou talvez porque quando o conheci era muito novinha e aos olhos dele fosse ainda menina. Dou por mim a recordar e os melhores momentos que vivi foram passados nesta cidade, onde o Eugénio de Andrade viveu e faleceu.

    Há um selinho "sambista" à tua espera, Teresa.

    Beijinhos
    Isabel

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  2. Um dos meus poetas preferidos. Dizia:

    Música, levai-me:

    Onde estão as barcas?
    Onde são as ilhas?

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  3. Olá amiga Teresa
    Bem-haja por esta pequenina mas sublime publicação.
    Logo à noite vou estar atento aos Telejornais para mais uma vez me espantar ao deparar com uma referência, em rodapé, ao grande poeta ou, quiçá, nenhuma. Porque a generalidade das pessoas preferem e estão ansiosas por saberem novidades relativamente ao futuro dalgum jogador de futebol e darem largas à sua imaginação quanto àquilo que fariam com tantos milhões pagos a um homem que dá uns pontapés na bola.
    Beijinho
    António

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