O Papa Bento XVI visitou o Muro das Lamentações, o local mais sagrado dos judeus, onde rezou durante alguns minutos


Público
Eram 10h00 em Jerusalém, oito da manhã em Lisboa. O Papa Bento XVI começou por ler um salmo da Bíblia: “Que alegria quando me disseram: ‘Vamos para a casa do Senhor!’ Os nossos pés detêm-se às tuas portas, ó Jerusalém! (...) Fazei votos em favor de Jerusalém: ‘Prosperem aqueles que te amam; haja paz dentro das tuas muralhas, tranquilidade nos teus palácios.’.”
Depois, aproximou-se do Muro Ocidental, ou Muro das Lamentações, o que resta do Templo de Salomão. Dobrou a folha de papel e colocou-a entre as frestas da pedra: “Deus de todos os tempos, na minha visita a Jerusalém, a cidade da paz’, casa espiritual para judeus, cristãos e muçulmanos, trago perante ti as alegrias, as esperanças e as aspirações, os esforços, o sofrimento e a dor de todos os povos do mundo.”
Juntando as mãos, Bento XVI permaneceu depois em oração por dois minutos. Na folha, ficara ainda escrito: “Deus de Abraão, de Isaac e de Jacob, escuta o grito dos aflitos, dos receosos, dos enlutados; envia a tua paz para a Terra Santa, para o Médio Oriente, para toda a família humana; move os corações de todos os que clamam pelo teu nome, para que caminhem humildemente no caminho da justiça e da compaixão. O SENHOR é bom para os que nele confiam, para a alma que o procura.”
Tal como em Março de 2000, com João Paulo II, este foi um momento central da “peregrinação” de Bento XVI a Jerusalém e à Terra Santa. Com uma diferença: há nove anos, João Paulo II escolheu o Muro Ocidental para ali deixar o pedido de perdão pelos erros da Igreja Católica em relação aos judeus. Agora, Bento XVI faz do lugar um pedido de paz.
O salmo escolhido pelo Papa tem um profundo simbolismo; com o título “Saudação a Jerusalém”, é um dos poemas do livro bíblico considerado como canto de peregrinação até à cidade santa. E que traduz a profunda relação dos peregrinos com a cidade onde antes se erguia o Templo de Salomão, bem como o significado do nome de Jerusalém como cidade de paz.
“Jerusalém, cidade bem construída, harmoniosamente edificada. Para lá sobem as tribos, as tribos do Senhor, segundo o costume de Israel, para louvar o nome do Senhor. Nela estão os tribunais da justiça, os tribunais da casa de David. Por amor dos meus irmãos e amigos, proclamarei: ‘A paz esteja contigo!’ Por amor da casa do Senhor, nosso Deus, pedirei o bem-estar para ti.”

Kommentare

  1. Não será deste Papa, mas facto é a Igreja Católica ter muito de rezar e lamentar pelos séculos de prepotência que instaurou!

    A história não volta atrás, o "crime" é antigo, mas que um "muro" destes dava jeito para confessar os múltiplos pecados, lá isso... ;)

    Beijinhos!

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  2. Prefiro nao comentar sobre o Papa!
    Gostei do teu blog, virei te visitar outras vezes.

    Abraços

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  3. Rita M5/12/2009

    Não é a rezar que o Papa limpa a imagem da nossa Igreja que fez dos olhos cegos enquanto decorria um massacre massivo.

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  4. Não é assim que se resolvem os problemas no oriente, a oração devia ser uma forma de Deus nos ajudar a ultrapassar este desafio, dando-nos forças para lutar conta ele. A guerra é por falta de água naquela zona e não por as culpas nos conflitos religioso...

    Bom mas espero que o papa e os seus conselheiros estejam reunidos a discutir medidas para apresentarem aos países...

    Temos sim de fazer um esforço planetário para parar com o aquecimento global, ou ajudar os Países a não ficarem dependentes da água vinda da região pela qual lutam...

    Mas a verdade é que esta é só mais uma das milhares de guerras que virão pela falta de água, ou pelo excesso de salgada (por exemplo a Índia já avisou que fecha fronteiras se países vizinhos inundados pelo aumento do nível do mar migrarem para a Índia... A Índia em breve ficará com o seu glaciar fornecedor de água totalmente derretido, e depois é uma questão de tempo, como em milhares de outros locais na terra...

    Acham que digo que estamos ás portas do fim da nossa civilização estou a exagerar??

    Isto pode nem ser metade da história...

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  5. Olá Teresa

    Venho atrasada, mas a tempo de comentar. O que se deve fazer pela paz? Primeiro perdoar. Primeiro pedir perdão. Quem perdoa e quem pede perdão tem grandeza dentro de si. Penso que as fogueiras há muito ficaram para trás e não traz nada de positivo olhar-se sempre para o mal cometido como forma de julgamento.

    Eu, como católica, sei o quanto a Igreja errou em várias situações históricas, mas assim como não julgo ninguém, também não julgo o que já foi penitenciado.

    Não sou Deus, não gosto que me julguem a mim, também evito fazê-lo aos outros.

    Este Papa é um homem que admiro pela sua inteligência e cultura. É um filósofo na boa linha alemã. E prezo muito a minha cultura, sou europeia, de tradição cultural judaico-cristã. Um europeu que se preze promove a paz e a reconciliação.

    Beijinhos, vou dormir que a noite não é minha:)
    Isabel

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