Viagem ao nosso cérebro

Mergulhámos no órgão mais fascinante e complexo do corpo humano. Por muito que avance o conhecimento científico, será sempre um mistério. Sobre a nossa central de comando permanecem enraizados alguns mitos, como por exemplo o facto de só usarmos 10% do cérebro ou de o álcool matar os neurónios.

Apenas usamos 10% do nosso cérebro
Nascido nos EUA há mais de um século, é o mais popular dos mitos sobre o cérebro. Qualquer neurologista responsável responderá que todo o cérebro é necessário para o seu funcionamento normal.

O tamanho do cérebro influencia a inteligência
Apesar de haver quem possa pensar que o tamanho do cérebro pode influir na inteligência, não existem provas sólidas desta relação em crianças ou adultos. O mesmo já não se pode dizer da forma como as estruturas cerebrais se desenvolvem.

O álcool mata os neurónios
Beber com moderação não representa qualquer risco para o cérebro e alguns estudos sugerem até que o vinho tinto pode protegê-lo. O consumo elevado conduz a uma redução do tamanho do cérebro, mas sem uma diminuição real dos neurónios.

Os cegos ouvem melhor
Ao contrário da crença popularizada entre muitas pessoas, não existe qualquer prova de que os cegos desenvolvam uma melhor audição, ainda que esteja documentado que possam exibir uma memória mais refinada.

Ouvir Mozart torna os bebés mais inteligentes
O mito teve origem num estudo de 1993, sobre o efeito de Mozart no desempenho de estudantes universitários. Mas não está provado que ouvir música clássica durante a gravidez ou infância possa influir no desenvolvimento cognitivo dos bebés.

Vacinas causam autismo
Apesar de alguns pais associarem o autismo à vacinação, por ambos ocorrerem no mesmo período, não se encontrou relação causal entre ambos. A explicação, acredita-se, está antes em mutações que ocorrem em certos genes importantes para o desenvolvimento do cérebro.

As mulheres são mais temperamentais
Ainda que seja verdade que perturbações relacionadas com alterações de humor, como a ansiedade e depressão, sejam quase duas vezes mais comuns nas mulheres do que nos homens, os estados de espírito variam de igual modo nos dois sexos.

As pregas no cérebro são sinal de inteligência
Esta ideia,enraizada desde o século XVII, tem a ver com o facto de o cérebro humano ter mais pregas à superfície do que a de outros animais. Os estudos realizados provam que as pregas não estão relacionadas com a inteligência.

O consumo de drogas pode provocar buracos no cérebro
Ainda que o uso frequente de determinadas drogas possa ter efeitos no cérebro a curto e longo prazo, apenas um traumatismo físico pode provocar um buraco no cérebro.

O cérebro é cinzento
Este é o mais verdadeiro dos mitos. Porém, embora o cérebro seja, na sua maioria cinzento, é também branco (fibras nervosas), negro e vermelho, devido aos vasos sanguíneos.

Cérebro - Manual do Utilizador

Kommentare

  1. "O meu cérebro é o meu segundo órgão favorito."

    Woody Allen

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  2. O cérebro sempre foi subvalorizado por se julgar que os humanos amavam com o coração, mas apesar do amor não ser racional, todos os sentimentos são controlados "ou descontrolados" apenas pelo cérebro.

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  3. Se o álcool não mata os neurónios, pelo menos anestesia-os. Disso não há duvida nenhuma.
    Beijocas

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  4. O meu cérebro é um mistério! As vezes funciona muito bem e outas não, nada! Quanto ao acool não sei, gosto de uma taça de vinho todos os dias. Beijo

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  5. Na verdade, muitos desses mitos estão bem enraizados nas pessoas e é difícil que os não tomem por verdades.
    O Expresso cita esta passagem do livro «Cérebro – Manual do Utilizador», de Sandra Aamodt e Sam Wang, dois neurocientistas, segunda a editora.
    Parece-me, porém, que as desmistificações deveriam ser mais profundamente fundamentadas e documentadas para lhes dar a seriedade e o rigor de um texto científico.

    Obrigado pela sua visita a um dos meus blogues.
    Cumprimentos.
    Jorge P.G.

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  6. Bom Dia Teresa

    E o meu primeiro órgão favorito ainda é o coração, sabendo que o cérebro comanda tudo.

    Sou eu que agredeço, Teresa:)

    A amizade é muito grande.

    Beijinhos
    Isabel

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