Esta fabulosa história é do meu amigo ccz. Convido os meus leitores a escrever o final com ou sem "happy end"!

Era uma vez um comerciante que viu o seu negócio passar por graves problemas pelo que ficou a dever uma enorme soma de dinheiro a um velho mesquinho e desprezível agiota. O agiota ao ver o tempo passar e os juros a crescerem sem que o comerciante tivesse a possibilidade de lhe pagar a dívida propôs, com indisfarçável água na boca, o seguinte acordo:
A dívida fica saldada se me deres a tua jovem e bela filha em casamento.
Tanto o comerciante quanto sua filha ficaram horrorizados.
Então o agiota, para amenizar a situação e vencer a resistência de pai e filha, propôs que a sorte resolvesse o problema.
Assim, o agiota propôs que se colocassem dentro de uma bolsa vazia dois seixos da estrada, um branco e um preto. Se a filha retirasse o seixo branco a dívida seria saldada e continuaria a viver com o pai. No entanto, se retirasse o seixo preto… a dívida seria cancelada e a moça teria de casar com o agiota.
Se a filha se recusasse a retirar um dos seixos do saco o agiota chamaria a polícia e o pai iria para a cadeia.
O pai e a filha tiveram de concordar com a proposta do agiota.
Então, o agiota inclinou-se para a estrada cheia de seixos, e sorrateiramente apanhou do chão dois seixos pretos e meteu-os no saco.
Isto foi casualmente observado pela filha do comerciante.
O agiota, então, pediu à moça que retirasse um seixo do saco. Um seixo que ditaria não só sua sorte como a do seu pai.
A mente da moça era um turbilhão de ideias… o que fazer? O que fazer? O que fazer?
Recusar-se a retirar um seixo e ver o seu querido pai ser preso?
Expor o agiota como um impostor, um intrujão sem escrúpulos? E ver o pai ser preso…
Sacrificar-se para salvar o pai da cadeia.
O que fazer? O que fazer? Qual a saída? Não há saída!!!!

Continua ... mas primeiro quero conhecer a vossa imaginacao!

Kommentare

  1. (...) A rapariga conteve a respiração,agarrando-se ao pescoço daquele sujo e fedorento agiota, e com determinação beijou-o naquela bocarra nojenta, exalando um hálito de cano de esgoto, esfregando a sua língua na dele, deixando o agiota endoidecido de desejo. Atirou-se juntamente com ele para o chão, esfregando-se nele até sentir o seu membro rijo e descontrolado. O tonto do agiota perdeu de todo o controle e deixou-se levar pelo êxtase. Entretanto, a rapariga, prendendo-lhe os movimentos físicos e aproveitando a sua fragilidade de macho sentindo-se tão desejado, com uma das mãos apanhou dois seixos brancos do chão, conseguindo efectuar habilmente a troca pelos seixos negros, que atirou para longe. Depois, levantou-se repentinamente, havendo o agiota seguindo-lhe o gesto, mas, porém, louco e descontrolado. Os dois ficaram imóveis, de pé, frente a frente. Ela encostou a sua delicada e alva face na dele, murmurando-lhe: "-Não! Aqui não! Vamos até à cabana abandonada que fica situada ali em baixo, no bosque". Porém, antes de prosseguirem, fez questão de tirar à sorte o seixo que determinaria a sua sorte e a do seu atormentado pai devedor.
    O agiota aceitou, fervilhando de desejo. Os seus olhos estavam esbugalhados e as faces haviam-se tornado rosadas em consequência da agitação sanguínea. Então, aceitou não esperar mais e agarrou naquela mãozinha de cera, ajudando à sua introdução no saco. E, como se dum truque de magia se tratasse, de lá saíu um seixo branquinho como um pedaço de neve. O pai agarrou-se à filha querida, chorando de comoção, escorregando-lhe pesadamente nos braços em consequência dum enfarte fulminante. Ainda conseguiu proferir, de maneira quase imperceptível: "-Teu pai ama-te...meu anjo...".
    THE END

    António

    AntwortenLöschen
  2. A rapariga concordou!

    Contudo, ao avançar na direcção do saco, tropeçou e caiu no chão. O velho agiota ajudou-a a levantar-se e, mal se pôs de pé, ela introduziu a mão no saco.

    O pai olhou-a atemorizado, durante os poucos segundos que ela demorou a retirar a sua mão e a exibir um magnífico seixo branco.

    O sorriso do velho esmoreceu e exclamou: "Não pode ser!"

    A rapariga, com uma voz maviosa, indagou: "Porquê? Despeje a bolsa, para confirmar que a outra pedra é negra..."

    O agiota virou costas, furibundo, ao perceber que tinha sido enganado!

    (até aqui é o Happy End, mas ainda se pode arranjar um final menos feliz, com o pai a continuar a endividar-se e tal e coisa)

    Saudações já um pouco ensonadinhas!

    AntwortenLöschen
  3. Esta história verídica passou-se, algures, na Cornualha. O pai e filha viviam perto do mar, onde os negros rochedos de granito são batidos por um mar abrigado pelas escarpas altas e, onde se disseminam ruínas de um passado de portos de abrigo. Comerciante de objectos de cobre, o seu negócio já tinha visto melhores dias. Esta história reporta ao século XIX, em que a moral vitoriana estava no seu auge. O suposto pai da rapariga tinha uma loja nos anexos da sua casa, uma "cottage" à beira de uma estrada bordejada de narcisos e lírios.
    Hoje ainda existe, nesse lugar, a casa do comerciante, transformada em habitação de turismo. Quem a administra é Isobel, casada com The Earl of St. Austin.

    Envolta em mistério, esta história tornou-se uma lenda na região e os retratos dos bisavós de Isobel encontram-se pendurados no acolhedor hall da cottage, a que posteriormente, se adicionaram outras dependências, destinadas aos turistas que inundam esta pequena e acolhedora vila, cercada por minas de caulino, entretanto votadas ao abandono.
    Mas a história de contornos dramáticos não é mais do que uma versão de outra menos conhecida.
    Conta a anfitriã da casa, que pertenceu aos seus bisavós, ter sido uma versão algo sublimada de uma história de amor, ente duas pessoas que guadavam um segredo, mais tarde revelado pelos próprios.
    ...................................
    A rapariga era uma mulher linda e pura, de cabelos ruivos, cujo temperamento tinha sido temperado pala paisagem pitoresca da região. Pai e filha viviam na mais estreita intimidade, partilhavam o mesmo quarto, a mesma cama, viviam apartados da maledicência dos vizinhos e do puritanismo vitoriano.
    O agiota que era um forasteiro, oriundo de Portugal e chegara à Cornualha há pouco tempo, estava habituado aos escorregadios meios da política. Era um conhecido ladrão, impostor e agiota. Contam-se inúmeras histórias de chantagens e extorsão, entre as melhores famílias portuguesas.
    Perante a proposta do agiota, a rapariga não perdendo o domínio da situação, concordou em se lhe entregar, um corcunda de olhar estrábico e lascivo.
    O pai da rapariga sem saber o que fazer seguiu-os pelo caminho que conduzia a uma mina abandonada, perto das escarpas. Entretanto pelo caminho, apareceu-lhe um celta que por ali vagueava há 200 anos. Sabendo do sacrifício de pai e filha, resolveu intervir. Pediu ao comerciante que o deixasse incarnar no seu corpo e a sua filha seria salva. Sem solução, o comerciante acedeu e o fantasma dirigiu-se à mina abandonada. Quando lá chegou já a rapariga estava nos braços do corcunda, mas os seixos que estavam no saco foram substituídos, no caminho, sem que o vesgo agiota se desse conta, por uma cobra venenosa. Assim que o agiota estava já em ponto de pérola, a rapariga com uma voz doce e sensual pediu-lhe que retirasse um seixo, pois sentia-se perdidamente atraída pelo energúmeno. O idiota, pensando que ia consumar os seus desejos, meteu a mão no saco e foi mortalmente mordido pela cobra.
    Quando morria em agonia, a cobra transformou-se no belo celta, que não era mais do que o pai de Isobel. Deste modo os dois amantes passaram a viver e a amarem-se de modo natural e o incesto que tinham praticado, enquanto foram pai e filha, foi regenerado por um grande amor, de que nasceram duas meninas, uma das quais, também ruiva e avó da mulher do Conde de St. Austin.

    AntwortenLöschen

Kommentar veröffentlichen

Beliebte Posts aus diesem Blog

Tudo menos plano!