Exposição nos EUA mostra gravuras da cultura judaica ibérica

No SOL
Quarenta gravuras com provérbios medievais da cultura sefardita na Península Ibérica estão expostas, desde hoje e até Fevereiro, no Centro de História Judia de Nova Iorque, nos Estados Unidos.
Vestígios dos Sefarditas mostra 45 desenhos incluídos num livro homónimo do sefardita Marc Shanker, descendente de judeus que viveram na Península Ibérica até 1492, altura em que foram expulsos de Espanha pelos reis católicos.
Trata-se da primeira obra que transforma as palavras em imagens, sendo que o idioma usado nos provérbios é o ladino, idioma falado pelos judeus na Península Ibérica na Idade Média.
Marc Shanker explicou que os provérbios, «concisos» mas que «dizem muitas coisas», homenageiam a história da sua família, que viveu em Espanha até 1492 e se estabeleceu depois na Turquia. Em 1970, estabeleceu-se em Nova Iorque.
Para os seleccionar e traduzir, o autor contou com o apoio da mãe, que fala ladino.

Center for Jewish History

American Sephardi Federation presents:
Traces of Sepharad (Huellas de Sefarad): Etchings of Sephardic Proverbs by Marc Shanker

on view through February 28, 2009

The new exhibition and book, Traces of Sepharad, by Marc Shanker, features more than 40 interpretive etchings of Judeo-Spanish proverbs, offering a unique window into Sephardic culture and thinking. The sheer breadth of lovely etchings of these timeless Ladino proverbs are easily recognized, understood and shared by a broad audience. They evoke the Judeo-Spanish culture which was maintained for over 500 years by Sephardic Jewish communities in the Diaspora. They bring our attention back to the thriving Jewish communities of the Iberian Peninsula at a time when Jews, Muslims and Christians lived together in relative peace.

Kommentare

  1. Teresa, Bom-dia

    Muito importantes são estes vestígios, fazem parte da nossa história, muita informação se perdeu com a sucessiva perseguição aos judeus, em Portugal e Espanha. No final de contas a nossa cultura é de origem judaico-cristã. O facto de ocorrer na América esta exposição reforça a ligação entre o passado e o presente, entre a Europa e o sonho de quem partiu para a Nova Terra Prometida. São mais do que memórias,mas o que mais surpreende é a transformação das palavras em imagens. Dá para pensar.

    Eu volto depois do almoço.
    Volto a desjar-lhe BOM S.MARTINHO!
    Isabel

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  2. Boa tarde teresinha,
    Como a Isabel diz a transformação das palavras em imagens, foi o que me chamou logo a atenção.
    Há coisas que no fim nunca podem ser separadas.
    Não há dúvida que muita coisa da história foi perdida durante séculos, mas muita coisa ainda se pode agarrar, e este pelos visto é um bom exemplo disso.
    Abracinho e hoje muitas castanhas (só há bocado me lembrei do dia de S. Martinho, imperdoável)),já tenho as castanhas preparadas para logo.
    Isabel

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