Estátua de Camilo Pessanha

Gustav Klimt

Cansei-me de tentar o teu segredo:
No teu olhar sem cor, --- frio escalpelo,
O meu olhar quebrei, a debatê-lo,
Como a onda na crista dum rochedo.

Segredo dessa alma e meu degredo
E minha obsessão! Para bebê-lo
Fui teu lábio oscular, num pesadelo,
Por noites de pavor, cheio de medo.

E o meu ósculo ardente, alucinado,
Esfriou sobre o mármore correcto
Desse entreaberto lábio gelado...

Desse lábio de mármore, discreto,
Severo como um túmulo fechado,
Sereno como um pélago quieto.

Kommentare

  1. Violoncelo

    Chorai arcadas
    Do Violoncelo!
    Convulcionadas,
    Ponts aladas
    De pesadelo...

    De que esvoçam,
    Brancos, os arcos...
    Por baixo passam,
    Se despedaçam,
    No rio, os barcos.

    Fundas, soluçam
    Caudais de choro...
    Que ruínas (ouçam!)
    Se se debruçam,
    Que sorvedouro!...

    (...)

    Urnas quebradas!
    Blocos de gelo...
    - Chorai arcadas,
    Despedaçadas,
    Do Violoncelo.

    - Clepsidra, Camilo Pessanha

    Adoro...fiz um trabalho sobre ele que me deliciou o gosto

    Rita

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